Bahia pode passar a exportar 30 milhões de toneladas de minério com Fiol e Porto Sul

Será realizado na quinta-feira, 19, na sede da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), em Salvador, o CBPM E IBRAM Convidam, evento gratuito em que será discutido por profissionais e técnicos da área o papel das mineradoras no desenvolvimento socioeconômico da Bahia. O evento terá a presença do diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Eduardo Leão e o presidente da Geologia e Sondagens (Geosol), João Luiz Carvalho.

O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antônio Carlos Tramm, esclareceu algumas informações para o público em relação ao atual cenário da mineração no estado durante entrevista ao programa Isso é Bahia, na Rádio A TARDE FM, na manhã desta segunda-feira, 16.

Durante a conversa Tramm também falou da substituição do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) pela Agência Nacional de Mineração (ANM). “Faltam estrutura, modernização, falta recurso. Esperamos que agora as coisas comecem a andar melhor, mas para isso o governo precisa liberar recursos. Não tem mágica”, disse o presidente.

Ainda segundo o líder, a conclusão do Porto Sul e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) será uma solução para viabilizar a mineração na Bahia. “Você não pode vender, exportar minério de ferro em Kombi, você precisa de volume. Hoje, você tem praticamente zero de exportação de minério de ferro. Precisa-se da logística, isso vai possibilitar que a Bahia, dentro de 1 ano, passe a exportar 30 milhões de toneladas”, afirmou.

A geração de empregos foi também um dos temas abordados pelo presidente da companhia. “A mineração é o maior agente de emprego e renda no interior. Isso vai gerar emprego e renda. A cada emprego que você gera na mineração, você tem mais 17, 18 empregos adicionais. Isso gera uma mudança de status, não só no município, mas na economia, na circunvizinhança. É um potencial que esta terrivelmente subutilizado”, alertou Antônio Carlos Tramm.

Além disso, foram esclarecidas dúvidas em relação ao garimpo na Bahia. “Quando a economia vai mal, o garimpo é a solução pra quem não tem atividade. o sonho de todo garimpeiro é encontrar uma grande pepita. É uma atividade de sobrevivência”, afirmou.

O dirigente da CBPM ressaltou que o garimpo é uma atividade regulamentada, mas nem todos garimpos são legais. Para a exploração do setor, é necessária uma concessão da União, proprietária de todo o solo do Brasil. A ausência de fiscais é uma reclamação constante de Agência Nacional de Mineração (ANM).

Segundo Tramm, a atividade do segmento não produz tantos impactos ambientais. “A exploração do agronegócio é muito mais danosa ao meio ambiente do que a mineração. A exploração do agronegócio é focada em milhares de hectares, porém eles têm uma politica de comunicação ótima, tudo é agro, o porco é agro, o trabalho também é agro”, comparou.

Atualmente a Bahia é o quarto produtor de mineral do Brasil.

Fonte: A Tarde

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