Conab, IBGE e USDA veem mais soja no Brasil

A Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmaram as expectativas e elevaram suas estimativas para a produção de soja no país nesta safra 2017/18. Os volumes ainda são inferiores ao recorde da temporada 2016/17, mas novos ajustes para cima poderão acontecer nos próximos meses.

Ainda que a colheita esteja atrasada, porque o clima não colaborou no início do plantio, as chuvas dos últimos meses favoreceram o desenvolvimento das lavouras, o que deverá garantir volumes maiores que os previstos inicialmente. Resta saber, contudo, se as precipitações atuais em alguns polos vão atrapalhar os trabalhos de campo que estão em desenvolvimento a ponto de prejudicar o resultado final.

De acordo com levantamento divulgado ontem pela Conab, a produção de soja chegará a 111,6 milhões de toneladas em 2017/18 no país, 1,2 milhão a mais que o previsto em janeiro mas volume ainda 2,2% inferior ao do ciclo passado. Já o IBGE revisou levemente seu número de 112,3 milhões para 112,4 milhões de toneladas, com a mesma variação negativa de 2,2% sobre o volume colhido em 2016.

O USDA, por sua vez, elevou sua estimativa para a colheita brasileira da oleaginosa de 110 milhões para 112 milhões de toneladas, e com isso passou a trabalhar com exportações brasileira da ordem de 69 milhões de toneladas na temporada – 3 milhões a mais que no cenário traçado pela Conab. Ainda que a produção prevista seja menor que a de 2016/17 (114,1 milhões de toneladas), o volume de embarques projetado pelo órgão americano é quase 10% maior.

Mesmo com as correções para cima nas estimativas para a soja, tanto a Conab quanto o IBGE ratificaram que a atual safra brasileira de grãos em geral deverá ser menor que a anterior, em consequência sobretudo de um recuo expressivo da produção de milho. Para o cereal, a Conab projeta 88 milhões de toneladas, em queda de 10,1%, enquanto o IBGE prevê redução de 13,8%, para 85,8 milhões. No total, a Conab estima 225,6 milhões de toneladas, baixa de 5,1%, o IBGE calcula 226,1 milhões, 6% menor. Mesmo com essas quedas, será a segunda melhor safra de grãos da história do país.

Fonte: Valor Econômico

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