Em marco histórico, Vale conclui expansão da Estrada de Ferro Carajás

A mineradora brasileira Vale concluiu seu importante projeto de expansão da Estrada de Ferro de Carajás (EFC), que permitirá o aumento mais importante da capacidade de transporte da empresa a partir do próximo ano, afirmou nesta quinta-feira o diretor-executivo de Minerais Ferrosos e Carvão, Peter Poppinga.

A EFC tem 892 quilômetros de extensão, ligando a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, em Carajás, no sudeste do Pará, ao Porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Com a expansão, a empresa duplicou 575 quilômetros da ferrovia. As obras foram iniciadas em 2013.

Até o fim do ano, ainda não terá ‘ramp up’ [crescimento], em função da restrição da velocidade em alguns trechos, mas temos aí um marco histórico. Duplicamos toda a ferrovia, disse Poppinga, durante teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da empresa no segundo trimestre.

A EFC está ainda interligada com outras duas ferrovias: a Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) e a Ferrovia Norte-Sul, segundo informações no site da Vale.

O projeto de Expansão da EFC fez parte do programa de expansão de logística, que capacitou o corredor norte para transportar e embarcar até 230 milhões de toneladas por ano.

MOÇAMBIQUE

A construção de estruturas logísticas robustas é parte da estratégia da Vale para ganhar competitividade.

Nesta quinta-feira, o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, ressaltou a importância do porto e da ferrovia que a empresa tem em Moçambique, na África, atendendo ao ativo de carvão Moatize, naquela região.

Segundo ele, as estruturas de escoamento do ativo são praticamente únicos e de melhor qualidade.

O executivo sinalizou um possível investimento futuro no local para expandir capacidades e atrair maior rentabilidade.

Todo o carvão que existe naquela região só tem uma ferrovia e um porto para passar, o que significa que a Vale, quando estiver em condições de olhar isso, poderá expandir marginalmente sua operação, com investimento absolutamente marginal, e conseguir ter um retorno dessa operação desproporcionalmente elevado, disse Schvartsman.

Fonte: Folha de SP

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