O Sindicato Rural de Querência promoveu dia 23 de fevereiro, no auditório do sindicato, reunião para tratar da viabilidade técnica e econômica de implantação da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) ligando a região do Araguaia à Ferrovia Norte-Sul em Tocantins. O evento foi organizado em parceria com a prefeitura e a câmara de vereadores do município. O encontro teve a presença de lideranças públicas e produtores rurais dos municípios vizinhos.
Guilherme Quintela, diretor presidente da EDLP Estação da Luz Participações, de São Paulo, empresa contratada para os estudos de viabilidade e implantação da FICO apresentou estudos semelhantes desenvolvidos para a Ferrogrão, paralela à BR-163 no norte do estado.
Quintela expos detalhes de como estão sendo feitos os estudos logísticos para implantação da ferrovia. “Estamos estudando qual será o caminho mais eficiente, criando alternativas de traçado para que ela possa atender mais carga, ter um volume de transporte maior diminuindo seu custo”, informou.
Uma das opções de traçado para a FICO desta região seria a saída da Ferrovia Norte-Sul de Alvorada (TO) até Luiz Alves (GO) cruzando por Ribeirão Cascalheira (MT) acompanhando o traçado da BR-080, com aproximadamente 370 km de extensão.
Conforme os estudos, para 2025 já teria quase 20 milhões de toneladas de grãos a serem exportados por ano por esse sistema. Segundo Quintela, nos próximos 30 dias será possível concluir os estudos técnicos da FICO para serem apresentados ao Governo Federal e, na sequência, discutir a viabilidade de implantação.
O presidente do Sindicato Rural de Querência, Osmar Frizzo, acredita que pelos números apresentados há grande viabilidade de implantação desta ferrovia: “É um estudo preliminar, mas acreditamos que há viabilidade e que esta ferrovia irá contribuir para o desenvolvimento de nossa região, melhorando o escoamento da safra e barateando custos de logística. Sem dúvidas será uma grande conquista para o Vale do Araguaia”.
Segundo o empresário e produtor rural Erai Maggi, a BR-080 já está com as licenças ambientais bem avançadas e os estudos mostram a viabilidade para a implantação da FICO. “A região produz muito, os estudos mostram que existe a viabilidade, precisamos trabalhar com infraestrutura. Hoje nossos lucros ficam nas despesas com combustível, pneus e peças pela falta de logística na região”.
Gilmar Wentz, produtor rural e empresário, destaca que para o leste de Mato grosso vai ser uma nova etapa e que a implantação desta ferrovia não só agregará valor na produção, mas também será a melhor alternativa para escoar a safra de toda a região.
Fonte: TOP News
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