Ferrovia entre MT e SP já recebeu investimentos de R$ 200 mi e deve receber fertilizantes em abril

Com capacidade de descarga de 7,5 milhões de toneladas por ano, o Terminal de Fertilizantes, que está sendo instalado no Complexo Intermodal de Rondonópolis (240 km de Cuiabá) já soma investimentos de R$ 200 milhões. A previsão é de que as operações passem a ser realizadas ainda em abril deste ano, proporcionando uma saída estratégica para o transporte de insumos no país e aproveitando o maior corredor de exportação entre o município mato-grossense e Santos (SP).

Com uma área de 160 mil m², o terminal de fertilizantes bandeira branca da JM-Link contempla uma capacidade estática de 64 mil toneladas no primeiro ano – com plano de ampliação de mais de 50% futuramente, em consonância com a demanda. O projeto, idealizado pela Rumo e JM-Link, teve suas instalações apresentadas à potenciais clientes no final 2017, para que pudessem conferir as transformações no local e compreender os detalhes da proposta.

Além do recebimento de produtos pela ferrovia, o terminal prestará serviços de armazenagem, acondicionamento em big bags (grandes contentores de polietileno) e expedição rodoviária de 12 mil toneladas por dia. “A intenção é revolucionar a prestação de serviços no mercado de fertilizantes. Estamos criando uma estrutura com produtividade de porto no interior” afirma Luiz Abrantes sócio, diretor da JM-LINK.

São duas linhas de entrada ferroviária que descarregam oito vagões ao mesmo tempo, e duas correias transportadoras de 1.200t/hora cada. Por esses fatores, é a estrutura mais produtiva do país para o mercado de fertilizantes. De acordo com a Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (AMA Brasil), Mato Grosso foi responsável por quase 20% da importação de fertilizantes de janeiro a novembro de 2017, cerca de 6,3 milhões de toneladas.

“Vamos facilitar e otimizar a logística, e diretamente impactar na redução do custo da cadeia. Além do ganho financeiro para nossos clientes, será a solução mais produtiva, assertiva e segura do país”, garante o gerente comercial da Rumo, Raphael Tulio. A concessionária tem 12 mil quilômetros de malha ferroviária, mil locomotivas, 25 mil vagões e mais de 13 mil funcionários diretos e indiretos.

Além dos benefícios operacionais e financeiros, o terminal também deve trazer ganhos ambientais, com significativa redução de emissão de poluentes. Isso porque um trem com 100 vagões, por exemplo, corresponde à média de 357 caminhões a menos nas estradas.

Fonte: MT Agora

 

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