Diário do Comércio – A indústria mineira voltou a crescer em fevereiro, após queda acentuada em janeiro devido ao período chuvoso no Estado. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Minas Gerais avançou 7,3% no mês de referência. No entanto, o acumulado do bimestre segue negativo (-4,4%), o que demonstra a força do recuo registrado no mês imediatamente anterior (-8,2%).
Segundo a analista do IBGE Alessandra Coelho de Oliveira, o crescimento registrado em fevereiro deste ano trata-se de uma recuperação da indústria. Mas a explicação também está sobre o crescimento expressivo das atividades relacionadas ao setor de máquinas e equipamentos, que registrou alta de 10,0% no mês, seguido pela metalurgia (9,1%) e produtos alimentícios (8,5%).
Já em relação à redução do bimestre, a especialista aponta que o resultado segue o mesmo fator de chuvas que, conforme noticiado à época, impediu a chegada de trabalhadores e insumos às fábricas em muitos locais, e dificultou o escoamento de cargas em todo o Estado.
Os efeitos foram potencializados, por vezes, pela situação das rodovias em Minas Gerais, uma vez que muitas ficaram inacessíveis durante o período. Naquela época, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) calculou que as perdas da indústria no Estado poderiam chegar a R$ 90 milhões devido às paralisações.
O crescimento de Minas Gerais em fevereiro foi o maior desde julho de 2020, quando a indústria teve crescimento de 8,6%. O Estado está ao lado dos entes federativos que cresceram no período e contribuíram para o resultado nacional (elevação de 0,7% em comparação ao mês de janeiro e resultado de -5,8% no acumulado do bimestre).
Entre os 15 locais pesquisados, o crescimento de Minas Gerais (7,3%) aparece atrás daqueles registrados nos Estados do Pará (23,9%), de Pernambuco (10,2%), e do Amazonas (7,8%). Conforme ressaltou Alessandra Coelho de Oliveira, Minas Gerais foi o estado com a segunda maior influência sobre o resultado geral da indústria em fevereiro, o que é explicado pelo peso da indústria mineira em todo o País.
Quedas
Enquanto as indústrias de máquinas, equipamentos e metalurgia, além dos fabricantes de produtos alimentícios, registraram as altas mais expressivas, alguns setores performaram negativamente. É o caso de produtos têxteis (-26,1%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-21,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,9%), celulose, papel e produtos do papel (-10,3%) e outros produtos químicos (-8,4%).
Fonte: Diário do Comércio (https://diariodocomercio.com.br/economia/industria-se-recupera-e-volta-a-avancar-em-fevereiro/)
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