A indústria de fundição brasileira pode bater recorde de produção até o final deste ano, a previsão é do presidente da Associação Brasileira de Fundição e dos Sindicatos da Indústria de Fundição do Estado de Minas Gerais e de São Paulo, Afonso Gonzaga Somente no Estado a projeção é de um crescimento de 22% em Afonso Gonzaga. Somente no Estado, a projeção é de um crescimento de 22% em 2021 na comparação com o ano passado.
Segundo Gonzaga, esperava-se que o setor crescesse 15% em 2021. Mas esta meta foi atingida nacionalmente em junho. “Como o segundo semestre costuma ser mais fraco, estamos com uma previsão de 20% de crescimento da produção nacional até o final do ano”, afirmou.
Ele acredita que a produção até dezembro possa chegar a 2, 5 milhões de toneladas, superando o recorde de fabricação de materiais de fundição registrado em 2008, quando foram produzidas 2,38 milhões de toneladas.
Otimismo
O otimismo está baseado no fato de o aquecimento de segmentos como o agronegócio, a mineração, a siderurgia, a fabricação de utensílios domésticos e de máquinas e equipamentos, que gerou um grande aumento de demanda dos produtos de fundição.
“Mesmo com o aumento de insumos como o ferro-gusa, que, em 2019, custava R$ 1.300 a tonelada e hoje custa R$ 4.600 a tonelada, estamos conseguindo manter as vendas, repassando os reajustes para o consumidor”, afirmou.
Parte do sucesso desse segmento industrial é motivada pela cotação do dólar que valoriza os produtos da indústria da fundição exportados. Pelo menos 20% da produção nacional é vendida para outros países.
Empregos
O crescimento do segmento de fundição em todo o País também gerou mais empregos. “Tínhamos 52 mil (empregados) em todo o País em 2020. Hoje temos 56 mil”, afirmou. Em Minas situação similar também está acontecendo. “Passamos de 19 mil trabalhadores para 22.500”, comemorou.
Minas
O crescimento do setor em Minas Gerais está maior que a média nacional. Até maio deste ano, a venda de produtos da indústria de fundição no Estado tinha crescido 17%. “Acreditamos que no Estado o crescimento chegue a 22% até dezembro”.
Parte do sucesso do segmento, conforme Gonzaga, se deve ao diálogo que o setor vem mantendo com o governo federal, que, em seu ponto de vista, tem adotado medidas que possibilitam aos empresários da indústria o desenvolvimento de novos negócios.
“A ideia é que, com a diminuição da carga tributária, deixemos de ocupar o 10º lugar no ranking das indústrias de fundição para ocupar o sexto”, afirmou.
Ainda conforme Gonzaga, o setor está muito confiante de que as reformas tributária e administrativa sejam aprovadas ainda em 2021, o que vai desonerar o empresariado, aumentando a possibilidade de crescimento da economia em todo o País. “Se entenderem que a diminuição das alíquotas aumentará a base arrecadadora, teremos um novo Brasil”, afirmou.
Fonte: Diário do Comércio (https://diariodocomercio.com.br/economia/setor-de-fundicao-estima-bater-recorde-de-producao/)
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