O ministro da Infraestrutura já definiu uma tarefa para a nova estatal do ministério, a Infra S.A., fusão da Valec e da EPL: a construção do segundo trecho da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), entre Caetité e Barreiras (BA). Seu avanço é uma das apostas de Tarcísio de Freitas no Plano Pró- Brasil. Ele pediu suplementação orçamentária de R$ 480 milhões, até 2022, exclusivamente para obras no setor. O grosso disso, caso confirmados os recursos adicionais, iria para a construção desse segundo trecho. A ferrovia foi concebida para transformar o interior da Bahia em um novo corredor ferroviário de exportação. Por ela seriam escoados minério de ferro, da mina localizada na região de Caetité, e grãos, colhidos na fronteira agrícola do oeste baiano, na região de Barreiras, até o Porto de Ilhéus, no sul do estado. Projetada no governo do PT, a obra deveria ter sido entregue até julho de 2013, mas não foi concluída. Encontra-se pronto o trecho entre Ilhéus e Caetité, em processo de concessão.
Em novembro, o ministro aprovou o plano de outorga apresentado pela ANTT e autorizou a concessão. O governo pretende fazer o certame ainda este ano e já mandou os estudos de viabilidade para o TCU. Segundo o Valor,Tarcísio de Freitas disse que há um investidor fortemente interessado em assumir a concessão.Mesmo sem revelar o nome, informou que esse investidor, consultado após a pandemia do coronavírus, confirmou sua disposição de entrar no leilão.
A concessão se limita, no momento, ao trecho pronto, entre Caetité e Ilhéus. Para o restante da ferrovia, conforme foi projetada, não haveria interesse de investidores. O ministro quer executar o trecho entre Caetité e Barreiras, com 485 quilômetros. Um desafio já está superado: a ponte de 2,9 quilômetros sobre o rio São Francisco, considerada a ponte ferroviária mais extensa da América Latina, já está pronta, mas sem uso.
A obra tem três lotes diferentes em construção, dois dos quais estão com canteiros abertos e operários no local. O terceiro trecho da Fiol, com 500 quilômetros, entre Barreiras e Figueirópolis (TO), no entroncamento com a Ferrovia Norte-Sul, precisa de atualização do projeto de engenharia.
Fonte: O Brasilianista
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