A companhia pleiteia os incentivos fiscais do Estado, que estão sendo analisados pela Semagro
O setor mineral de Mato Grosso do Sul se expande com o início das operações de da MPP (Mineração Pirâmide e Participações), que se associou a executivos da mineração de São Paulo e já iniciou as exportações para a Europa.
Constituída há 15 anos, a MPP ganhou “musculatura financeira” com a entrada de expertises do setor e reformulou seu projeto, que há seis meses está sendo implementado com a exploração das reservas minerais do Morro do Rabicho, em Ladário, cidade vizinha a Corumbá.
A companhia pleiteia os incentivos fiscais do Estado, que estão sendo analisados pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Com estimativa de produzir 500 mil toneladas de minério de ferro até dezembro deste ano, a empresa projeta comercializar 1,2 milhão de toneladas e expandir seus negócios com o manganês em 2023, mirando também o mercado interno.
Absorvendo mais de 90% da mão de obra da região, o número de empregados (hoje são 100, entre diretos e indiretos) deve dobrar no próximo ano. Segundo o secretário da Semagro, Jaime Verruck, “as jazidas do Maciço do Urucum, a terceira maior reserva de ferro e a primeira de manganês do Brasil, de alto teor de minério, fazem com que estes minerais sul-mato-grossenses tenha uma participação importante em um mercado regional e internacional, com a participação do Paraguai, Argentina, Uruguai e agora com este novo mercado que é a Europa”.
Segundo o secretário, os obstáculos à expansão da produção do Estado estão relacionados aos estrangulamentos em infraestrutura, quanto à Ferrovia Malha Oeste, que está parada, e a manutenção da BR-262. Ele adiantou que o Governo do Estado já está conversando com o Ministério dos Transportes para solucionar este gargalo.
Sem impacto ambiental – As exportações para a Europa estão sendo feitas pelo porto da Granel Química, em Ladário, onde é intensa a movimentação diuturna de máquinas e caminhões. Os carregamentos estão sendo acelerados para aproveitar o nível navegável do Rio Paraguai previsto para até o mês de setembro. Dois comboios de barcaças transportam 60 mil toneladas mensalmente em direção aos terminais argentinos e uruguaios, onde é feito o translado.
Segundo o executivo Patrick Paneco, a MPP explora uma mina com volume de produção mineral de alto teor (65%) e qualidade por algumas décadas (entre 20 e 25 anos), com excelente aceitação no cobiçado mercado. As operações na planta de beneficiamento foram iniciadas em fevereiro.
O executivo destacou que o processamento do minério é ambientalmente inovador, onde o rejeito da matéria-prima não é depositado convencionalmente em barragens, sendo reutilizado em outras atividades econômicas. “Na lavagem do minério, a argila ocupa a mesma frente da lavra, com redução de até 80% do consumo de água”, explicou.
Fonte: Campo Grande News/ Viviane Oliveira (https://www.campograndenews.com.br/economia/nova-mineradora-de-ms-exportara-500-mil-toneladas-de-minerio)
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